A matéria publicada em “O Petróleo”, por Thailane Oliveira, indica as principais previsões referentes às fontes de energia renovável para o ano de 2023, destacando que “O mercado global de energia renovável foi avaliado em 881,7 bilhões em 2020 e deve chegar a 1.977,6 bilhões até 2030, crescendo a um 8,4% de 2023 a 2030”.
O crescimento da capacidade produtiva das fontes de energia renováveis é notável. As preocupações ambientais e a escassez de combustíveis fósseis têm sido determinantes para potencializar o investimento nas tecnologias de geração de energia limpa.
A energia é considerada “limpa” quando deriva de uma fonte renovável, ou seja, que é restabelecida pela própria natureza. Além disso, essa energia também é caracterizada por não emitir poluentes na atmosfera que possam interferir no ciclo do carbono (ou seja, o lançamento de CO2 que potencializa o efeito estufa), ao contrário da energia derivada de combustíveis fósseis.
No artigo de hoje, você verá qual é o cenário atual da energia no Brasil e as tendências no país e no mundo. Desejamos a todos uma excelente leitura!
A energia no Brasil
O país é uma potência no quesito de geração de energia a partir de fontes renováveis, tendo destaque na produção a partir de energia limpa, apesar de haver muito espaço para evolução nesse quesito. Conheça como é composta a matriz elétrica e a matriz energética do Brasil e quais são as suas principais diferenças:
Matriz elétrica
A matriz elétrica diz respeito às fontes utilizadas para a geração de energia elétrica. Segundo dados do Ministério de Minas e Energia divulgados pela CNN Brasil, em 2020 a matriz elétrica do país é representada por:
– 65,2% de energia hidráulica;
– 9,1% de energia derivada por biomassa;
– 8,8% de energia eólica;
– 8,3% de energia derivada por gás natural;
– 3,1% de carvão e derivados;
– 2,2% de energia nuclear;
– 1,7% de energia solar;
– 1,6% de derivados de petróleo.
Matriz energética
A matriz energética, diferentemente da matriz elétrica, está relacionada com todo tipo de energia utilizada. Segundo a EPE (Empresa de Pesquisa Energética), “Enquanto a matriz energética representa o conjunto de fontes de energia utilizadas para movimentar os carros, preparar a comida no fogão e gerar eletricidade, a matriz elétrica é formada pelo conjunto de fontes utilizadas apenas para a geração de energia elétrica.”
Segundo dados do Ministério de Minas e Energia divulgados pela CNN Brasil, em 2020 a matriz energética do país é representada por:
– 33,1% de petróleo e derivados;
– 19,1% de derivados de cana-de-açúcar;
– 12,6% de energia hidráulica;
– 11,8% de gás natural;
– 8,9% de lenha e carvão vegetal;
– 7,7% de outras fontes renováveis;
– 4,9% de carvão mineral;
– 1,3% de energia nuclear;
– 0,6% de outras fontes não renováveis.
O autor ainda afirma que o “Levantamento da Agência Internacional de Energia (AIE) aponta que, em 2019, as renováveis tinham cerca de 25% de participação na matriz elétrica mundial, e de menos de 15% na energética. No caso brasileiro, a participação é de 83% e 46%, respectivamente.” Ou seja, o Brasil é uma referência em geração de energia renovável na composição da matriz elétrica (ou seja, voltada para a geração de energia elétrica)!
O impacto da pandemia na geração da energia renovável
A pandemia do Covid-19 impactou diversos setores da economia e o mercado de energia também foi afetado negativamente durante a pandemia, atrasando o crescimento durante esse período crítico.
Foi observado impactos na fabricação da estrutura para as usinas de energia renovável. Por exemplo, em países como a China e a Alemanha, a produção de turbinas eólicas foi impactada pela pandemia.
Além disso, o artigo divulgado em “O Petróleo” divulgou que “Durante a alta temporada de ventos, a manutenção planejada tornou-se um grande problema para os participantes do setor, devido à redução da força de trabalho e às normas de distanciamento social. Além disso, os atrasos nos projetos e o cancelamento de pedidos afetaram os principais mercados de produção de pás e instalações de turbinas eólicas.” Por isso, também observa-se impactos na força de trabalho e no avanço de projetos das usinas.
Próximas tendências no mundo
Como dito anteriormente, apesar do impacto da pandemia gerado nos últimos anos, a expectativa é de crescimento no setor: “O mercado global de energia renovável foi avaliado em 881,7 bilhões em 2020 e deve chegar a 1.977,6 bilhões até 2030, crescendo a um 8,4% de 2023 a 2030.” Estas são as principais tendências:
– A necessidade de mão de obra qualificada e treinada para operacionalizar as novas tecnologias e condições climáticas nas usinas de energia renovável pode impactar esse crescimento.
– Em países como a China e a índia, observa-se um grande crescimento na demanda por energia (também devido ao volume populacional), e em paralelo, houve um acréscimo no investimento de novos projetos de energia renovável. Segundo “O Petróleo”, “A China tornou-se o maior produtor mundial de bioeletricidade em 2017 e agora é um dos principais players em energia hidrelétrica, onshore, eólica e solar fotovoltaica.”
– Ainda segundo o artigo, “O uso final industrial é projetado como o segmento de crescimento mais rápido”. Ou seja, o destaque de maior crescimento é para o uso industrial.
No Brasil…
No país, quase metade da energia é gerada por fontes renováveis, segundo o Ministério de Minas e Energia. O nordeste do país é um grande exemplo na expansão da produção de energia eólica no Brasil – segundo Poliana Souto, em um artigo publicado no site MegaWhat Energy:
“A potência instalada em parques eólicos onshore, no Nordeste brasileiro, em 2021, superou a soma de sete países europeus […] O Nordeste brasileiro possui uma das melhores características de vento do mundo para se implantar parques eólicos, com ventos constantes e fator de capacidade acima da média mundial, e os dados divulgados agora reforçam que a região está muito à frente da Europa. Reforçam a região como um oásis de vento para o mundo”, explica o coordenador de Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) do ISI-ER, Antonio Medeiros.
É possível afirmar que o mundo está cada vez mais “verde”. Nesse sentido, o Brasil já é um destaque no globo!
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Fontes e referências:
- Artigo publicado no dia 26 de janeiro de 2023, no blog do site O Petróleo, com o título original “Previsões de energia renovável para 2023: o que vem pela frente”. Autor: Thailane Oliveira.
- Artigo publicado no dia 19 de janeiro de 2022, no site da CNN, com o título original “Conheça os tipos de energia renovável e quais são usados no Brasil”. Autor: João Pedro Malar.
- Artigo publicado no dia 11 de março de 2022, no site MegaWhat Energy, com o título original “Capacidade eólica no Nordeste supera a de países europeus, aponta análise do ISI-E”. Autor: Poliana Souto.